quinta-feira, 17 de junho de 2010

PR2 – Trilho das Minas – Moimenta, Castro Daire



     Para o dia 30/05/2010 escolhemos o novo PR2 de Castro Daire, o Trilho das Minas de Moimenta, do qual tínhamos pouca informação, visto ter sido inaugurado no dia anterior pela Câmara Municipal.

Características do percurso:
Distância – 10,2 Km
Dificuldade – Elevada
Ponto de partida e chegada – Capela nova à entrada de Moimenta


     Depois de uma longa viagem, chegámos à pequena Capela à entrada da aldeia de Moimenta, onde começa e acaba o nosso percurso e, depois dos últimos preparativos e da indispensável foto de grupo, partimos à descoberta das minas.


      Demos então início ao percurso por um estreito carreiro num pinhal, com muita vegetação rasteira mas com poucas árvores, e desde logo pudemos contemplar a beleza da paisagem que nos rodeava.





      Continuámos pelo carreiro, que nos levou à capela de Moimenta, uma pequena Capela de pedra, onde virámos à esquerda, ficando de frente para a aldeia de Moimenta.



     Aqui, abriu-se aos nossos olhos uma paisagem agrícola fenomenal, merecendo uns minutos de contemplação, desfrutando de todo o cenário do qual sobressaíam os campos verdejantes onde as vacas pastam calmamente.



          
     Continuámos o nosso caminho por um carreiro que, atravessando os campos agrícolas, nos levou ao antigo caminho das minas, conduzindo-nos a uma das entradas da mina assinalada no percurso.
     Apesar de ter desníveis acentuados, este antigo caminho de pedra é de uma beleza rara, podendo-se atestar nele o desgaste do tempo, notando-se bem fundo as marcas das rodas dos carros de bois que traziam o volfrâmio e o estanho no tempo em que as minas se encontravam em actividade.


       


     
     Chegámos assim ao momento mais esperado do dia: as minas de Moimenta. Munidos de lanternas, avançámos rumo ao desconhecido com todo o cuidado, certos de ir viver uma experiência enriquecedora.




     Depois de passar a galeria de entrada da mina, encontrámos um fio que possivelmente terá sido colocado para a inauguração do trilho no dia anterior e decidimos segui-lo. Fomos avançando sem pressas tirando o máximo partido daquele cenário pouco comum, procurando não incomodar muito os morcegos.











      
     O dito fio acabou perto de uma das saídas da mina junto de um ribeiro, onde aproveitámos para descansar e almoçar desfrutando da frescura da água cristalina e da sombra do arvoredo ribeirinho.





     Depois de repostas as energias, voltámos a atravessar a mina até à entrada e retomámos o nosso percurso com o termómetro a marcar 37 graus, contrastando com a frescura que se fazia sentir no interior da mina.




     Esperava-nos agora a parte mais difícil do percurso, subir a montanha com um desnível bastante acentuado, debaixo de um sol impiedoso que nos castigava a cada passo, obrigando-nos a parar algumas vezes para recuperar o fôlego.





     Quando chegámos ao cimo do monte, o altímetro dizia-nos que tínhamos subido cerca de 200 metros, mas tinha valido a pena, pois fomos brindados com uma vista privilegiada de todo o vale, saboreando o silêncio da alta montanha, apenas interrompido pelo chilrear dos pássaros ou dos chocalhos do gado.







     Depois de alguns momentos de plena contemplação perante tamanha beleza, seguimos o nosso caminho subindo e descendo por entre terrenos agrícolas, rumo à aldeia de Moimenta passando ao lado da aldeia de Tulha Velha








     Já com a capela de Moimenta à vista, o percurso leva-nos monte abaixo por um caminho muito acidentado e longo acabando no antigo caminho das minas que nos levaria ao fim do percurso.






     Aí, junto às placas de informação e como ainda era cedo, decidimos seguir as marcas do Trilho da aldeia das Levadas e ir visitar a aldeia fantasma. Esse novo caminho levou-nos a atravessar o centro da aldeia de Moimenta onde tivemos oportunidade de refrescar a garganta e confraternizar com alguns moradores no café da aldeia.



     Depois de ouvirmos algumas histórias e curiosidades sobre as minas, voltámos ao nosso percurso, desta vez por uma estrada de asfalto até à aldeia das Levadas, apreciando a bonita paisagem.







     Pouco depois chegámos à famosa aldeia “fantasma” onde o tempo parece ter parado. Antes de abandonarmos a aldeia encontrámos um casal do Norte muito simpático, com o qual estivemos à conversa.





     Deixando a aldeia das Levadas para trás, continuámos o nosso percurso por um estreito carreiro de pinhal que nos levaria ao ponto onde começámos a nossa aventura, passando ainda pela pequena aldeia de Tulha Nova.